quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Meu velhinho que passou


Passa o carro velho
Levanta a poeira
Enche tudo de fumaça
Pintura velha descascada
Lanternas apagadas ou quebradas
Um barulho ensurdecedor
Há acho que o cano estourou
Pneus carecas e lisos
O motor que nem se fala
Tão silencioso já passou
Acho que na banguela ele passou
No final da ladeira o freio segurou
Toca na chave ele não pegou
Empurra, empurra será que pegou
Uma nuvem de poeira e fumaça ele deixo
E como o vento se foi e nos deixo
Chora meu coração por saudades daquele senhor




Um comentário:

  1. Muito bom! Eu até imaginei a cena, você sentado numa cafeteria quando passa um carro velho fazendo barulho e chamando atenção, nesse momento você se ispira e escreve, poeticamente, a cena vista.

    OK, talvez não tenha sido assim, mas ficou bom da mesma forma.

    Abraço

    ResponderExcluir

Pensamentos perdidos !